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Silvino Santos nunca se naturalizou brasileiro. Não precisava: embora seus documentos acusassem sua nacionalidade portuguesa, foi em Manaus que Silvino se instalou e viveu boa parte de sua vida, adotando o Norte brasileiro como pátria-mãe. Foi assim que ele se consolidou como a primeira grande expressão do cinema amazonense, exercitando muito mais um olhar de dentro da região do que a visão exótica do estrangeiro comum, como se ele mesmo fizesse parte do povo dessa região.

Depois do reconhecimento em seu auge na década de 1920, Silvino caiu no esquecimento durante muito tempo, vivendo como simples funcionário nos fundos da empresa de J.G. Araújo. Seria apenas em 1969, com a realização do I Festival Norte de Cinema Brasileiro, que seu nome seria redescoberto por agitadores culturais e cinéfilos da época, como Cosme Alves Neto, Joaquim Marinho e Márcio Souza. Até então, como conta Cosme, eles acreditavam estar “inventando o cinema no Amazonas”. A descoberta, por acaso, da obra de Silvino impressionou o grupo. O resultado foi a chance de levar o cineasta aos holofotes uma última vez, para consagrá-lo em uma justa homenagem no encerramento do festival, no antigo Cinema Odeon.

 

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